sábado, 19 de março de 2011

Isto é

 
A volta do medo nuclear -
O mundo inteiro entra em alerta, temendo que o vazamento atômico na usina Fukushima I, no Japão, espalhe uma nuvem radioativa pelo planeta


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TESTE
Moradora do entorno da usina passa por inspeção radioativa em Ibaraki

Às 8h55 do dia 6 de agosto de 1945 um imenso clarão cortou o céu de Hiroshima. Parecia um naco de sol, iluminando todas as coisas com um branco intenso. Ninguém ouviu estrondos até que as paredes começaram a voar e nuvens de poeira envolveram a manhã numa espécie de penumbra. Horas depois, o doutor Masakazu Fujii se deparava com uma horda de feridos zanzando pelas ruas da cidade. Nus, com os corpos queimados, eles caminhavam de cabeça baixa, em silêncio, absolutamente inexpressivos. Como japonês, o médico se atormentava pela vergonha de ter sido poupado daquela desgraça. Perto dali, num bambual à beira do rio, o padre Kleinsorge, um jesuíta alemão, se surpreendia com o silêncio de centenas de feridos que sofriam juntos: “Ninguém chorava e muito menos gritava de dor. Ninguém se queixava. Ninguém agonizava ruidosamente. Nem as crianças choravam. Pouca gente falava.”

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