segunda-feira, 14 de março de 2011

Moto.com

92ª EDIÇÃOPara resolver os problemas do trânsito nas grandes cidades o melhor caminho continua sendo a educação.

As discussões em torno das dificuldades para a circulação de motocicletas e automóveis nos grandes centros urbanos deixaram de ser um problema social e se tornaram um problema de engenharia de trânsito. Como fazer para que ruas e avenidas comportem tantos veículos na hora do rush, que é quando o trânsito para e as cidades literalmente ficam estacionadas.

Em São Paulo, uma das maiores cidades do mundo com mais de 13 milhões de habitantes na região metropolitana, a tensão no trânsito é um problema crônico. Com uma frota de mais de seis milhões de veículos nas ruas. Os motociclistas disputam centímetros da via com automóveis, caminhões e ônibus.

Para tentar colocar ordem no trânsito caótico, a prefeitura e o seu órgão fiscalizador, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), resolveram segregar a motocicleta em determinadas vias, ou seja, moto de um lado e carro do outro. Na avenida Sumaré foi criada a uma faixa exclusiva para motos à esquerda que apresentou bons resultados.

Mas cada caso é um caso, não é mesmo? O mesmo sistema foi implantado no corredor da rua Vergueiro e avenida Liberdade, como alternativa para os motociclistas que usavam a avenida 23 de Maio, que liga zona sul ao centro da cidade. Mas o resultado não foi assim tão bom, aliás, nada bom.

O próprio secretário municipal dos transportes, Marcelo Cardinale Branco, admite que esse corredor exclusivo para motos não tem capacidade para absorver todo o tráfego de motocicletas da avenida 23 de Maio.

Vamos aos números da prefeitura: cerca de 1.500 a 1.700 motocicletas passam por hora no corredor da avenida 23 de Maio, enquanto que de 2.000 a 2.500 motos passam por dia na faixa exclusiva da rua Vergueiro e da avenida Liberdade. Não é que os números não batem mesmo!

Pode ser que em alguns casos a separação de motos e carros em determinadas vias até possa dar certo, mas é preciso muito planejamento para isso. A convivência pacífica entre motoristas e veículos diferentes depende, antes de tudo, de mais educação no trânsito.

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